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Brasileiros têm investido cada vez mais cedo em previdência privada
Número de investidores de previdência privada aumentou 32% nos seis primeiros meses deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.
O brasileiro está preocupado com o futuro e investe em planos complementares de aposentadoria. Onze milhões e meio de pessoas pagam previdência privada no Brasil. A maioria (48,85%) tem entre 30 e 50 anos. E é na faixa perto dos 30 que o brasileiro começa a pensar na velhice.
Há um ano, o bancário Heryck de Lima Ruiz fez um plano de previdência para ele e para a esposa. Há três meses, decidiu fazer outro plano, para o filho que acabou de nascer. “Espero que ele tenha possibilidades quando tiver 18 anos, faça faculdades estude no exterior”, diz.
Heryck é o exemplo de uma nova safra de pais preocupada com o futuro. Mais de 22% dos planos de previdência privada são feitos para crianças, adolescentes e jovens de até 30 anos, segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).
“Nesses últimos 15 anos, saímos de uma reserva da ordem de R$ 3 bilhões pra hoje chegar ao montante de R$ 300 bilhões”, afirma Osvaldo do Nascimento, vice-presidente da federação.
Será, porém, que a previdência privada é mesmo a melhor alternativa para uma aposentadoria tranquila? O economista Roberto Vertamatti, diretor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) fez alguns cálculos, levando em conta as taxas cobradas pelos bancos.
O professor fez uma simulação com alguém que aplique R$ 200 por mês durante 30 anos. Na poupança, usando as taxas atuais para cálculo (cerca de 5% ao ano), essa aplicação vai se transformar em R$ 175 mil. A mesma aplicação, na previdência privada, com taxas baseadas na renda fixa (cerca de 7% ao ano), rende R$ 230,382 mil.
Quem aplica em previdência privada tem que pagar taxas de administração e Imposto de Renda. O professor explica que o tipo de aplicação vai depender muito de cada um.
“Muitos entram numa previdência porque mensalmente há um ‘x’ que vai ser tirado de qualquer jeito do salário. Muita gente faz isso, mas, se puder controlar, melhor”, afirma Vertamatti.
Fonte: G1.com